domingo, 29 de dezembro de 2013

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Faça Hoje, Não Amanhã


Diz o preguiçoso: "Amanhã farei." Exclama o fraco: "Amanhã terei forças." Assevera o delinqüente: "Amanhã regenero-me." É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, a noção real do tempo. Quem não aproveita a bênção do dia vive distante da glória do século. A alma sem coragem de avançar cem passos não caminhará vinte mil. O lavrador que perde a hora de semear não consegue prever as conseqüências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração. Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida. Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós. Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos. Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível. A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão. Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração. Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.
( Emmanuel psicografada por Chico Xavier)

domingo, 22 de dezembro de 2013

A REENCARNAÇÃO

DEPOIS DO QUE EU LI, EU PENSEI: SERÁ QUE NA OUTRA VIDA A GENTE TEVE ALGO QUE NÃO SE RESOLVEU? VOLTAMOS NESSA PARA NOS COMPREENDER? OU PARA... SEI NÃO, SEI QUE ME INTERESSEI POR COMPREENDER, SE É QUE HÁ COMPREENSÃO PARA TANTO...
PAREI TUDO E RESOLVI LÊ MISSIONÁRIOS DA LUZ.
 A REENCARNAÇÃO
A vida na Terra é uma ferramenta de grande utilidade na evolução da nossa alma. Ela é útil graças ao mecanismo de perda de memória que sofremos com nosso retorno a Terra. Entender porque isto é útil é bem simples.
Imagine uma pessoa que sofre ao lembrar de todo mal que fez para outras pessoas. Uma pessoa que sente remorço. Uma pessoa que sente ódio de alguém. Uma pessoa deprimida pelo sofrimento que passou em vida ou do outro lado da vida.
Levaria muito tempo para que estes traumas fossem superados naturalmente. O remorso preso na memória acaba atrapalhando a continuidade da vida do espirito e de seus trabalhos para melhorar a cada dia.
Então temos a vida na Terra como solução para este tipo de problema. Ao nascer novamente você esquece-se de tudo que viveu no passado e recomeça um novo periodo em seu processo de evolução. Livre do sofrimento da memória você dá espaço aos novos aprendizados. Apesar de esquecer os momentos vividos, ficam gravados em seu espirito sua sabedoria de vida, suas qualidades e seus defeitos que ainda não foram corrigidos.
É por isto que dentro de uma mesma familia encontramos irmãos tão diferentes em sua personalidade. Mesmo tendo acesso a mesma educação, a mesma orientação, as pessoas são sempre diferentes. A base de nossa personalidade já existe e está em nosso espirito. Começar de novo nos permite rever nossos conceitos e concertar nossos defeitos a partir de novas experiências que começam na infância onde estamos mais propícios a aprender e aceitar novas verdades.

Esquecer o sofrimento passado para conseguir começar novamente é um dos motivos que levam uma pessoa a pedir para reencarnar. Outro motivo comum é a tentativa de acabar com ódio e as desavenças que possamos ter com outras pessoas promovendo um reconciliamento entre almas. Os laços familiares são o melhor remédio para curar o ódio. O amor familiar é o remédio. É o exemplo de duas pessoas que se odeiam e nascem irmãs. Ou uma mulher que tem como filho seu pior inimigo na vida passada. Nem sempre o amor materno ou o amor entre irmãos consegue resolver o problema do ódio. Por isto vemos casos de mães que não amam seus filhos como deveriam, de irmãos que brigam como se realmente fossem grandes inimigos. É uma oportunidade de melhorar e evoluir que cada uma destas pessoas está jogando fora. A vida é apenas um mecanismo para solucionar este tipos de problema. O ideal mesmo seria aprender a perdoar com sinceridade os erros e as ofenças que as outras pessoas cometem conosco e com isto não seria necessário passar por todo este processo.
Francisco C Xavier
André Luiz

Missionários da Luz

sábado, 21 de dezembro de 2013

MENSAGEM A EQUIPE E.M.R.D


Nesse momento queremos agradecer primeiro a DEUS, nosso ser superior por nos permitir mais esse encontro,  e por celebrarmos hoje três anos consecutivos de gestão escolar.
Com vocês traçamos sonhos, trilhamos caminhos, construímos pontes. Com alguns eu ri, com outros eu chorei. Alguns me fizeram acreditar que esse era o caminho, outros me fizeram pensar que em nada contribui.
Houve aqueles que comigo se alegraram outros que comigo se decepcionaram. É assim... Nem tudo chega a todos na mesma dimensão, pois nós seres humanos somos cheios de expectativas e sempre queremos mais e melhor.
Não posso aqui dizer que vencemos, mas me sinto vencedora pela força que moveu essa equipe durante todo o ano de 2013. Todos lutaram com garra, se envolveram, acreditaram, contribuíram para a mudança de pensamento e porque não dizer de comportamento.
Se a te aqui não fui  a pessoa que vocês pensaram para a gestão da E.M.R.D. peço lhes desculpas, mas preciso lhes dizer: DEI O MELHOR DE MIM. Tentei motivar a equipe, tentei melhorar a instituição, junto a vocês lutei por melhores resultados e com vocês aprendi muito. Aprendi que podia ser melhor, que podia ter feito mais... Até aqui fizemos o que deu e se o resultado não for positivo, digo a vocês a CONSCIÊNCIA ESTÁ TRANQUILA, porque fui gestão presente , dediquei meu tempo além do que devia, abri mão de minha vida pessoal para viver minha vida profissional. Não tive tempo de fazer as unhas, nem arrumar os cabelos, mas tive tempo de olhar nos olhos ansiosos dos nossos alunos e responder a cada dúvida presente no seu olhar.
Peço desculpa por cada ato errôneo que cometi, pelas vezes que fui motivo de conflito e pelas vezes que não fui capaz de compreender seu silêncio, suas angústias, suas expectativas.
DEUS se tu me permitires viver tudo isso outra vez, dê-me sabedoria para fazer diferente, fazer melhor, ser companheira na medida em que os outros esperam de mim.
Obrigada a todos vocês que contribuíram para o meu crescimento profissional e pessoal.
A gente se encontra.
Tenham todos Um Feliz Natal!
Ah! Magna Gleyssia, com você aprendi a hora de seguir,  a hora de recuar, a hora de agir e a hora de parar. 
Mais que profissionais nos tornamos irmãs na família E.M.R.D.
















PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
Audeni Coelho Nobre
 Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública - UPE
A educação é o caminho para chegar a qualquer outro, sendo, portanto um meio de transformação do indivíduo e consequentemente da sociedade. Para tanto, a educação é dever do estado e da família, ou seja, educar para transformar requer a relação família-escola/escola-família. Percebe-se, portanto, que o ato de educar está ligado ao conhecimento do indivíduo, do meio em que ele está inserido, dos comportamentos que precisam ser transformados e dos meios ou recursos que a escola enquanto instituição responsável por esta transformação venha buscar e desenvolver junto à comunidade escolar.
Diante da complexidade de educar está a autonomia da escola na execução deste processo. Hoje estamos caminhando para conquistar a verdadeira gestão democrática, sabemos que uma gestão que queira ser democrática precisa ter claro que a tomada de decisões, sua execução e avaliação devem envolver um número cada vez  maior de pessoas.
     “As decisões não são centralizadas hierarquicamente, mas debatidas, aflorando as posições e interesses dos diversos segmentos que compõe a escola” (Almeida, 1993).
Antes o gestor era responsável pela tomada de decisão, hoje ele é responsável pela organização da tomada de decisão, neste patamar as responsabilidades são descentralizadas e o planejamento ou o norte que irá guiar a instituição será o seu Projeto Política Pedagógico, que é o documento chave que norteia o ensino e as práticas pedagógicas da instituição, este por sua vez, é elaborado e revisado com a participação dos segmentos da escola. Os colegiados são à base do fortalecimento da gestão democrática e participam ativamente da construção e ou revisão deste documento.
Quando citei anteriormente que estamos caminhando para a verdadeira gestão democrática, me refiro à participação ativa dos colegiados no processo da gestão escolar. Não é que não haja essa participação, mas é que ela ainda precisa ser melhorada. Ainda não parte dos colegiados a iniciativa de participação.  No processo de reelaboração do PPP da Escola Manoel Ribeiro Damasceno, todos os colegiados foram convidados e impulsionados a participarem, contudo, não vejo a iniciativa dos órgãos colegiados para ver se as ações sugeridas por eles são executados, se estão presentes nos projetos de inovação da prática pedagógica, não há, portanto, eu diria um acompanhamento. Por isso volto a dizer: estamos caminhando para o verdadeiro fazer gestão democrática. O gestor já reconhece o seu papel dentro do processo, mas a comunidade escolar ainda precisa crescer muito para atingir o êxito da sua participação. Contudo, podemos refletir sobre o ponto de reorganização da escola.
 “A reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O ponto de partida para a realização dessa tarefa é o empenho coletivo na construção de um Projeto Político-Pedagógico, e isso implica fazer rupturas com o existente e o avançar”. (Ilma Passos)
Refletindo sobre essa colocação, um ponto interessante  do PPP da escola que se encaixa neste processo de reorganização é o marco situacional presente no PPP da escola, sendo este definido pelo coletivo em estudo inicial a reelaboração deste documento, e apresenta em linhas gerais a situação real que temos hoje e a partir daí vem o marco operacional com ações e metas para chegar à escola que queremos, visando sempre o reconhecimento do nosso trabalho. Para atingir o reconhecimento da esfera local a global, a tarefa não é fácil, contudo a escola deve assumir sua função social, enfrentando fatores internos e externos, buscando superá-los para atingir a qualidade da educação.
O papel da educação hoje é sempre o de buscar a excelência naquilo que faz, todas as instituições de ensino vivem essa busca constante. O processo se dá a partir do acreditar, para tanto não é capaz de fazer gestão quem não acredita na capacidade de gerenciar os desafios, criando possibilidades de enfrentamentos, se apoiando nos colegiados para a tomada de decisão.
O gestor da escola pública atualmente, digo pautado na realidade que conheço de perto, que é o Estado de Pernambuco,  é uma figura presente ativamente na escola, que acompanha todos os dias os fatores que afetam a qualidade do ensino, seja eles internos ou externos, que recorre a busca de solução, mesmo que para isso tenha que recorrer a outras instâncias seja elas da comunidade escolar ou externo a ela, busca parcerias para implantar melhorias, junta-se a família e está sempre atento às resoluções.
No atual modelo de gestão, tende-se atribuir uma maior importância à figura do gestor, visto como “liderança empreendedora”. Este passa a ser valorizado por sua capacidade de influenciar, motivar, identificar e resolver problemas, partilhar informações, desenvolver e manter um sentido de comunidade da escola, estimular o trabalho em equipe, compartilhar responsabilidades e poder, tomar decisões conjuntas (CARVALHO, 2008).
Nesse sentido o gestor vai fazendo valer a autonomia da escola, sendo ele o elo entre escola e comunidade, para fortalecer os laços da gestão democrática a gestão da escola junto à comunidade escolar através dos seus representantes que são os colegiados, revisa o projeto político pedagógico, construindo ou reconstruindo novas ações conforme a realidade atual e buscando exercer seu papel social enquanto escola.
Assim, o PPP precisa estar articulado à função social da educação e da escola. Para que a escola realize sua função social, são necessárias ações que vão da gestão escolar ao especificamente pedagógico, passando pelas políticas públicas, que garantam o acesso e a permanência dos alunos e alunas a uma escolarização de qualidade, capaz de propiciar o enfrentamento do processo de exclusão social da imensa parte da população que tem na escola a principal possibilidade de construção de sua cidadania (SOUZA, 2005)
O Projeto Político Pedagógico da instituição é uma ferramenta que faz parte do processo de gestão democrática e está interligado a todos os segmentos da escola. Nele estão presentes todas as informações necessárias sobre a entidade escolar. Qualquer visitante que queira conhecer a instituição basta apenas se apoiar neste documento, pois lá estão todas as informações referentes a instituição escolar e as práticas desenvolvidas neste espaço.
O Projeto Político Pedagógico da E.M.R.D hoje melhorou muito se comparado ao antes, porém esse documento é por si só interminável, pois está em constante processo de avaliação e sempre surge novos fatores internos ou externos que  influenciam o andamento do ensino na instituição e são necessárias a implantação de novas ações para alcançar a melhoria dos indicadores críticos detectados. Para tanto sempre que necessário os colegiados são convocados e junto a escola faz as alterações ou adaptações viáveis ao momento para atender a demanda.
Considerações finais
No meu entender, e conforme leitura já realizada sobre o Projeto Político Pedagógico e sendo este um marco para o fortalecimento da gestão democrática, vejo o nosso crescimento nesse processo. Antes verificava o PPP da escola e não sentia impacto nenhum para meu profissional, pois este era incompleto e desatualizado. Esse ano, a gestão, os profissionais e os colegiados trabalharam para mantê-lo com todas as informações referentes ao funcionamento e ao marco doutrinal da instituição.
Ao observar o Projeto Político Pedagógico da Escola Manoel Ribeiro Damasceno vê somente a ausência do plano de aplicação dos recursos financeiros, embora tenha presentes o tipo de recursos que a escola recebe, não há  o plano de execução destes.
Portanto, apresento como sugestão de melhorias o planejamento dos recursos dentro das necessidades da instituição, bem como para o atendimento aos projetos pedagógicos desenvolvidos todo o ano. Sabemos que o planejamento é ferramenta fundamental para qualquer trabalho funcionar com qualidade, e mesmo que os recursos já sejam investidos corretamente, fica clara a necessidade de apresentação do plano de execução. Isso fortalece a gestão democrática com a transparência no uso dos recursos financeiros que garante a melhoria do ensino aprendizagem. Nesse propósito vamos construindo uma gestão autônoma e centrada na construção da qualidade da educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Veiga, Ilma Passos Alencastro - Projeto Político-Pedagógico e gestão democrática - Novos marcos para a educação de qualidade.

Módulos III Projeto Político Pedagógico - ROGEPE Curso de Aperfeiçoamento e Gestão Escolar 2012.
Módulo V Gestão Democrática, Instrumentos de Gestão e Diálogo com a Comunidade – PROGEPE Curso de Aperfeiçoamento e Gestão Escolar 2012.
Módulo I Princípios da Política e Administração Pública Aplicados à Gestão Escolar – Curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública, UPE 2013.
Projeto Político Pedagógico da Escola Manoel Ribeiro Damsceno.


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/projeto-politico-pedagogico-e-qualidade-da-educacao/116761/#ixzz2o8WhOEqk

sábado, 23 de novembro de 2013

I CONGRESSO CEARENSE DE EDUCAÇÃO 2013

Hoje a vida me proporcionou mais um momento marcante na minha trajetória profissional, tive a oportunidade de como mestranda participar do I Congresso Cearense de Educação 2013.
Um evento de alto grau de organização e conhecimento, participei de duas palestras a primeira intitulada como: O EXEMPLO, UMA FORMA PODEROSA DE DISSEMINAR  A ÉTICA, COMO TEM AGIDO O PROFESSOR? Palestrante Terezinha Azerêdo Rios ( SP) e a segunda: O PODER REVOLUCIONÁRIO DO AFETO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM - Com a Palestrante Professora Lindaura Torres Pinheiro, duas figuras fantásticas que encantaram os participantes com uma simpatia e um conteúdo bastante útil à nossa prática pedagógica.
A professora TEREZINHA focou na importância de VER CLARO, ver fundo, ver largo, não se contentar com as aparências porque ela pode nos enganar. Citou "Todo ponto de vista é a vista de um ponto." (Leonardo Boff) entre tantas outras citações que foram prendendo a nossa atenção e despertando o nosso olhar sobre as coisas e em especial o ato de educar.








Na sua fala final a professora TEREZINHA RIOS deixou duas reflexões para nossa carreira do Magistério.
[Tecendo a Manhã]
Um galo sozinho não tece uma manhã:
 
ele precisará sempre de outros galos.
 
De um que apanhe esse grito que ele
 
e o lance a outro; de um outro galo
 
que apanhe o grito de um galo antes
 
e o lance a outro; e de outros galos
 
que com muitos outros galos se cruzem
 
os fios de sol de seus gritos de galo,
 
para que a manhã, desde uma teia tênue,
 
se vá tecendo, entre todos os galos.

A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

GESTÃO FINANCEIRA NA MINHA ESCOLA: AVANÇOS E DESAFIOS

GESTÃO FINANCEIRA NA MINHA ESCOLA: AVANÇOS E DESAFIOS 1.1 – INTRODUÇÃO Considerando a necessidade de compreender a gestão financeira da escola pública como mais um dos campos de abrangência da gestão democrática, realizei este trabalho focado na situação atual da escola pública estadual de Pernambuco, em especial a E.M.R.D, que é a instituição a qual faço parte. A autonomia da gestão escolar atualmente faz com que haja melhorias nos focos de aprendizagens, pois o gestor hoje tem em suas mãos o conhecimento das necessidades básica da escola e junto à comunidade escolar planeja e executa ações de melhorias da realidade, conforme as condições financeiras à qual está inserido. Os recursos são viabilizados através do PDDE ou Suprimento Estadual e são administrado pelo gestor com a participação e fiscalização dos Conselhos Escolar e Conselho da UEX. A qualidade da escola pública atualmente é indiscutível, pois há investimentos em todos os aspectos, considerados desde a infraestrutura ao apoio pedagógico. O Estado de Pernambuco hoje desenvolve uma política de valorização da escola pública, e isso é público e notório. O fazer gestão financeira é mais um processo de descentralização, pois antes para realizar qualquer serviço na escola, por menor que fosse o gestor teria que solicitar as Gerências e aguardava uma eternidade para ser atendidos, hoje, pequenos serviços está dentro das condições da gestão financeira da escola, para isto o estado destina o Suprimento Estadual que é um recurso de manutenção de bens e serviços, que se dá de maneira descentralizada criado pela Lei 11.466/1997. Para o desenvolvimento desta pesquisa realizei estudos de dados presentes nos arquivos da prestação de contas da Instituição no ano de 2012, modalidades oferecidas e números de estudantes atendidos no ano anterior. Realizei a revisão de literatura voltada o contexto do financiamento da Educação Pública. PALAVRAS – CHAVES: Gestão Escolar - Gestão Financeira – Autonomia – Descentralização. 1.2 - REVISÃO DE LITERATURA A escola Pública Estadual nos últimos anos tem passado por um processo de mudança notável em todos os âmbitos. Os avanços e as conquistas dos processos de melhoria vão desde a infraestrutura até a elevação dos índices de aprendizagens. Para esta mudança de perfil há vários investimentos, desde a esfera estadual a nacional. Investimentos estes, que requer da gestão escolar um gerenciamento planejados com base nas necessidades da escola e pautado nas decisões do grupo. São recursos que chegam e são empregados na educação, em prol da melhoria da qualidade do ensino aprendizagem. Um dos grandes desafios que a Gestão da escola pública enfrenta hoje é o saber administrar com competência os recursos financeiros que são destinados às necessidades básicas da escola. É preciso um planejamento adequado ao marco situacional da escola com a participação da comunidade escolar, que através do Conselho Escolar, do Conselho da UEX e do Gestor escolar coordenam, executam e controlam a prestação de contas dos recursos recebidos pela escola observando as normas vigentes, mantendo sempre os registros de controle organizados e atualizados e os bens adquiridos em lugar seguro. (Gestão Financeira, Módulo 6 – PROGEPE). O gestor público deverá desenvolver suas ações observando os princípios da administração pública (Art.37 da Constituição Federal/ Lei nº 11.781 de 2000): Legalidade, Moralidade, Impessoalidade, Publicidade, Interesse Público, Finalidade. Igualdade, Legalidade e Boa-Fé, Motivação, Razoabilidade e Proporcionalidade. (Módulo 6 Gestão Financeira PROGEPE, p.7). Então, a conquista da autonomia da gestão escolar é um marco referencial na educação pública, pois ela existe para ser descentralizadas funções. O gestor escolar é a figura representante do governo e da comunidade dentro da instituição ESCOLA e este, deve ter o seu trabalho pautado na tomada de decisão conjunta, dentro dos princípios da administração pública e conforme as necessidades da escola, e ainda com a participação dos colegiados. Para o bom andamento das atividades da escola, todas as suas ações devem ser atentamente planejadas. “Planejar é um processo onde se define o que fazer e como fazer, visando à utilização racional dos recursos disponíveis para que, com eficiência, eficácia, efetividade e humanidade, os objetivos pretendidos possam ser atingidos.” ( POLO, 2000, P144). Em se tratando da administração dos recursos financeiros compete ao gestor administrar o orçamento com organização, responsabilidade e transparência, uma vez que a gestão dos recursos públicos é regulada pelas leis federais de Direito Financeiro (4.320/64) e de licitações (8.666/93) e pela complementar de Responsabilidade Fiscal (101/2000). (Módulo 6 PROGEPE p.11) Pautado em toda legislação vigente, estar o gestor que é um servidor designado por ato específico para responder pela Unidade para manutenção da escola, caracterizando assim a forma de aplicação descentralizada dos recursos. Como já frisei anteriormente, o gestor é o servidor público mais próximo da realidade escolar. O gestor é responsável pela garantia das condições favoráveis ao processo de ensino aprendizagem, gerenciando com responsabilidade os recursos da instituição em prol das melhorias dos indicadores. Nesse contexto entra o contrato de gestão firmado entre a SEE e o gestor escolar, este por sua vez, pode ser considerado entre outros, um processo de descentralização de gestão. O Contrato de Gestão possui metas preestabelecidas e é através deste, que a SEE transfere responsabilidades ao gestor para melhorar os índices de aprendizagem, e este busca a realização de um trabalho voltado ao cumprimento deste contrato, para isso, o gestor deve através do seu Plano de Ação, planejar e executar ações de melhorias da aprendizagem. Compete ao gestor zelar pelo patrimônio Público, investido em melhorias da qualidade da infraestrutura, oferecendo sempre um ambiente atrativo ao aprendizado, cuidando para manter os recursos didáticos e tecnológicos em boas condições, Para tanto, há necessidade de recorrer de formas planejadas aos recursos destinados a instituição. Atualmente a escola pública em Pernambuco, em especial a escola a qual integro a sua equipe, se apresenta com um novo panorama, pois uma meta do Governo do Estado de Pernambuco é dá qualidade àquilo que é público e essa meta se concretiza a cada dia. Há inúmeros investimentos do próprio estado para manter a instituição dentro deste padrão de valorização. A escola a qual realizei a minha pesquisa é um exemplo dessa valorização, temos um novo olhar sobre a escola hoje. Ex estudantes que visitam a escola exibem a satisfação de vê-la com uma nova cara. É uma escola que passa pela renovação da sua pintura todo ano para receber o estudante no inicio do ano letivo de cara nova, que tem materiais pedagógicos suficientes ao trabalho docente e discente, que conta com um laboratório de informática novo, com equipamentos tecnológicos que auxiliam o trabalho docente. Nos registros de dados financeiros da escola, os recursos recebidos pela instituição são distribuídos em: PDDE – que destinou R$11.666,28, Merenda Escolarizada – destinou 13.734,00, Suprimento Estadual que são recurso de consumo e manutenção de bens e serviços, se divide em: Consumo – que destinou R$ 7.200,00, Laboratório – que destinou R$ 3.600,00, Pessoa Física – que destinou R$ 4.200,00, sendo que este último recolhe um valor de impostos que considero muito alto: INSS – recolhe R$ 1.240,00 e ISS – recolhe R$ 200,00. O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) em seu o Art 4º diz que os recursos destinam-se à cobertura de despesas de custeio, manutenção e pequenos investimentos que concorram para a garantia do funcionamento e melhoria da infraestrutura física e pedagógica dos estabelecimentos de ensino beneficiários, devendo ser empregado: I- Na aquisição de material permanente; II- Na realização de pequenos reparos voltados à manutenção, conservação e melhoria do prédio da unidade escolar; III- Na aquisição de material de consumo; IV- Na avaliação de aprendizagem; V- Na implementação do projeto pedagógico; e VI- No desenvolvimento de atividades educacionais. ( Resolução nº 7, de 12/04/2012). Na E.M.R.D foi verificado através do arquivo da prestação de contas do ano 2012 a entrada do PDDE e dos recursos destinados ao complemento da merenda escolar ou Merenda Escolarizada. altaltA Escola foi contemplado com o valor de R$11.666,28 através do PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola, esse recuso destinou-se a compra de materiais conforme descriminado acima. Verifiquei que os gastos ocorreram dentro dos parâmetros da legalidade. Em se tratando da Merenda Escolarizada o estado viabilizou via UEX o valor de R$ 13.734,00 dividido em cinco parcelas de R$2.746,80. Com o recurso destinado ao complemento da Merenda Escolar, a escola realiza juntamente com o Conselho da UEX a compra de frutas e verduras que melhora a qualidade da merenda oferecida pela instituição. A escola recebe os recursos estaduais através do suprimento de fundo institucional criado pela lei 11.466 de 1997. Esse suprimento é um recurso voltado ao atendimento do Ensino Médio. Os recursos recebidos pela E.M.R.D em 2012 estão foram também em quatro parcelas iguais, sendo este recurso para a manutenção do laboratório de informática o valor de 4XR$900,00, manutenção de bens e serviços 4XR$1.200,00 e para outras compras de manutenção 4XR$1.800,00. Da verba destinada a pagamento de serviços e manutenção do estabelecimento eu considero muito alto a arrecadação dos impostos sobre os serviços, é cobrado um valor equivalente a 25,8% de INSS e 4,2% ISS, o que torna esse recurso muito pouco para demanda de serviços e seus respectivos valores dentro da instituição. Além dos recursos mencionados e representados acima a escola recebeu também no ano de 2012 o Valor de R$ 5.655,00 (cinco mil seiscentos e sessenta e cinco reais), destinado à pintura do prédio escolar. Sendo este valor distribuído entre compra de materiais e mão de obra (serviços de pessoa física) e impostos a recolher do valor de pessoa física o ISS e O INSS. O total parece suficiente, porém ao analisar as planilhas, percebe-se que não sofre correções anuais, enquanto que o custo com materiais e serviços é reajustado anualmente. Isso faz com que este recurso seja insuficiente à manutenção do serviço de pintura. 1.3 - METODOLOGIA DA PESQUISA A consolidação da pesquisa se deu com base a estudos dos manuais do módulo 6 do curso PROGEPE, do módulo 1 e 3 do curso de Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública, e da Resolução nº 7, de 12/04/2012). Também foi realizada a pesquisa na escola campo de estudo a E.M.R.D, que em consulta ao arquivo de prestação de conta constatei os valores de entradas e a aplicação dos recursos acima citados. Percebe-se que os valores são vinculados ao número de estudantes atendido pela escola no ano anterior conforme dados do Educa censo. Daí o que se pode afirmar é que os recursos a ser repassada a instituição de ensino passam por um planejamento desde a liberação a execução. A clientela da E.M.R.D em 2012 era de um total de 721 estudantes distribuídos entre as modalidades de atendimento desde do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º do Ensino Médio. E ainda atende o EJAI e o Programa Travessia como correção de fluxo. Todo recurso recebido foi aplicado conforme às necessidades da U.E e dentro dos parâmetros legais assegurado pela prestação de contas da gestão pública. 1.4 - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A realização da pesquisa foi satisfatória no tocante ao acesso as informações, uma vez que a Escola Campo mantém todos os arquivos de prestação de conta acessível à consulta pela comunidade escolar, observa-se que durante o ano letivo são expostos os demonstrativos de aplicação e os recibos de pagamentos. Com relação à participação dos Conselhos no processo de fiscalização pode-se constatar que embora, participem do planejamento e da fiscalização dos recursos, estes não demonstram interesse em participar de forma efetiva, sendo sua participação apenas nas reuniões quando são convidados. No meu ponto de vista eles deveriam ser mais atuantes, demonstrar interesse na participação, uma vez que todo o processo é em prol da melhoria da comunidade escolar. Constatei ainda, que os recursos são suficientes na medida em que há planejamento, muito embora, falta a valorização do próprio servidor que faz uso dos materiais. Falta o “cuidar”. 1.5 – CONCLUSÃO Durante a análise dos dados percebi que os recursos são aplicados conforme as necessidades, muito embora, observei que houve reprogramação de recurso para o ano seguinte e isso já vinha acontecendo desde o ano 2011. Portanto, no meu ponto de vista à gestão ainda esteja engatiando no processo de planejamento e execução dos suprimentos da instituição, pois os recursos muitas vezes nem são “suficientes” e se ainda há sobras, falta aplicação adequada. Talvez falte um planejamento cronometrado, pois existe o tempo previsto para a prestação de contas. Observando por este ângulo, ressalto a importância de um Projeto Político Pedagógico revisado bimestralmente, inserido novos projetos conforme as dificuldades ou sucesso vão aparecendo. A participação dos Colegiados com Conselho Escolar, Conselho de Classe, Conselho da UEX e Grêmio Estudantil, nos processos de planejamentos facilitam a ampliação do atendimento dos recursos financeiros, pois cada segmento consegue enxergar uma necessidade, e juntos, elegem as prioridades das prioridades. Sendo assim se concretizam a descentralização dos processos educacionais. 1.6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Módulo 6 Gestão Financeira – Curso de Aperfeiçoamento em Gestão Escolar; Módulos 1 e 3 do Curso de Especialização em Gestão e avaliação da Educação Pública; Resolução nº 7 de 12/04/2012. Controle de Prestação de Contas arquivados da E.M.R.D do ano de 2012. Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/gestao-financeira-na-minha-escola-avancos-e-desafios/115269/#ixzz2l2KigyoO

terça-feira, 29 de outubro de 2013

OTIMISTA



Com um trabalho árduo, porém, muito gratificante, vou dedicando meu tempo a E.M.R.D e junto a  uma equipe de profissionais dedicados e bastantes comprometidos, que estão atentos as reais situações, vamos traçando e conquistando metas.
Na nossa equipe "ninguém é mais importante, cada um é importante à medida que exerça bem a sua função".
Na comemoração do Dia do Funcionário Público, fui eleita pelos colegas, como  a profissional FLEXÍVEL e OTIMISTA da equipe.
A flexibilidade é uma característica que deve estar presente em todos os líderes, pois não se conquista resultados impondo e sim negociando e conquistando cada membro do grupo.
OTIMISTA - como líder de uma equipe, jamais conseguiria êxito nos resultado se não estivesse sempre acreditando e incentivando cada um componente do grupo. 
Um boa gestão se faz acreditando, confiando, transformando. 
Não se muda uma realidade sozinho! É preciso abraçar a causa e acreditar na oportunidade de mudar.
Por isso, cada um é convidado a inovar, a realizar e conquistar novos espaços, e mais que isso, que tenhamos como favorecido, os nossos estudantes.
Todo e qualquer investimento na educação deve ser para a melhoria da comunidade estudantil. O papel de nós profissionais da educação e essa busca constante. 
Nos realizamos sim, nos projetos pedagógicos, quando estes melhoram a vida do nosso estudante.
Acredito plenamente na equipe, na união, nos laços fortalecidos e no reconhecimento.
Façamos portanto a diferença! Seja sempre otimista!

Audeni Nobre, 29.10.2013.

domingo, 27 de outubro de 2013

UMA HISTORINHA PARA REFLEXÃO - Retirado do blog Etnomatemática

Um grupo de cientistas e pesquisadores colocou numa jaula 5 macacos, no meio da jaula uma escada, no alto da escada um cacho de bananas. Quando um macaco subia para pegar as bananas, um jato de água fria era jogado sobre os que estavam no chão.
Depois de um certo tempo, quando um macaco subia as escadas para pegar as bananas, os outros o puxavam e o espancavam.
Com mais algum tempo, nenhum macaco subia mais para pegar as bananas; o jato se tornou desnecessário.
Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir na escada para pegar as bananas, sendo logo puxado e espancado pelos outros. Depois de algumas surras, o novo integrante não subia mais a escada.
Um segundo substituto foi colocado na jaula, e o mesmo aconteceu com este, tendo o primeiro substituto participado com entusiasmo na rua ao novato;
Um terceiro foi trocado, e o mesmo ocorreu. Um quarto e afinal, o último integrante dos 5 iniciais foi substituído.
Os pesquisadores tinham então na jaula, 5 macacos que mesmo nunca tendo tomado banho de água fria, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batia em quem tentasse subir a escada, com certeza dentre as respostas, a mais frequente, seria: NÃO SEI, MAS AS COISAS SEMPRE FORAM ASSIM POR AQUI!

Na nossa prática pedagógica ocorre exatamente assim, entra e sai profissionais que nunca se preocupam em fazer  diferente, em inovar, criar, propor e superar desafios.
O que aprendi nas minhas aulas de matemáticas da 1ª série nos anos 80, continuo vendo hoje sendo ensinado aos meus filhos.
Conjunto vazio, conjunto unitário, escreva de um até 100... Enfim...
Se um aluno for ousado e perguntar ao professor para que serve isto, talvez ele lhe responda: Porque tem que começar assim! Como se a aprendizagem tivesse sempre que ocorrer na mesma ordem que sempre foi. Ou ainda, fosse um tipo de regra que nem mesmo o professor sabe porque a utiliza. Um exemplo bastante interessante é o caso da subtração com reserva. Quem não se recorda?
Sonho com dias melhores! Na busca de um novo modelo de professores que seja pelo menos abertos a novas situações de aprendizagens.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Complexidade e compreensão

Prefiro a complexidade da Matemática que em tudo busca uma razão de ser, do que o meio abrangente de discursos lindos de viver, mas muito longe de acontecer.
Tenho fascínio pelo um mundo em que tão pouco posso calcular... porém, posso viver em uma certeza, incerta, de que os humanos são os racionais que põem a humanidade em risco.
Tenho dúvidas do que fazem os humanos felizes, mas tenho certeza que muitos são felizes porque se realizam no mal que aos outros são capazes de fazer.
Gosto do mundo que me permite calcular, prevê, monitorar, acompanhar, jogar... Ah Matemática!
No estudo do livro MATEMÁTICA DIVERTIDA E CURIOSA DE Malba Tahan, muitas coisas me chamaram a atenção. É uma leitura gostosa, curiosa e de descoberta.  Quanta coisa a observar nesse mundo, não quero me prender a coisas específicas, a penas ficar de olho no que necessito... Se quero ir longe? Pelo menos reconstruir os conceitos de que necessito para minha prática não só para o meu discurso.
Não é tão bonito a distância entre o que falo e o que faço. Prefiro o silêncio!
No silêncio se busca muitas verdades e compreensão.
E a Matemática "possui uma força maravilhosa capaz de nos fazer compreender muitos mistérios de nossa fé" (São Jerônimo).
Tudo é muito relativo. Poucos irão compreender...
Audeni Nobre 24/10/2013

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CONSTRUINDO UMA PONTE ENTRE A MATEMÁTICA DA ESCOLA E MATEMÁTICA FORA DA ESCOLA Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/construindo-uma-ponte-entre-a-matematica-da-escola-e-matematica-fora-da-escola/114035/#ixzz2iNCwasHq

CONSTRUINDO UMA PONTE ENTRE A MATEMÁTICA DA ESCOLA E MATEMÁTICA FORA DA ESCOLA

AUDENI COELHO NOBRE – Graduada e Pós Graduada em  Biologia Geral e
 Mestranda em Ciências da Educação

RESUMO: Este artigo visa fazer uma abordagem de algumas teorias e práticas já propostas sobre o ensino da matemática,  refletindo o papel do próprio professor na transformação da sua metodologia. A proposta curricular da escola hoje aproxima o aluno do contexto social, da vida cotidiana, porém, considero ainda, a falta  de capacitação dos profissionais da área para compreender essa proposta e transpor para o estudante de maneira que venha a despertar o interesse pela busca do conhecimento ou aperfeiçoamento do que ele já conhece. Vejo o ensino da Matemática ainda retratado conforme o livro  “Se você finge que ensina eu finjo que aprendo,” Hamilton Werneck (1990).  Ansiosa pela construção e desenvolvimento de novas práticas no ensino da matemática vai propor ao longo do texto a discussão sobre os estudos já realizados em busca dessa transformação.
PALAVRAS-CHAVES – professor – contexto – aperfeiçoamento – transformação.
INTRODUÇÃO
Quando criança, em meus primeiros anos da vida escolar eu me perguntei por muitas vezes para que servisse a Matemática, mal sabia eu,  que ela está presente em tudo que faço. Não havia relação entre meu cotidiano e meus ensinamentos da sala de aula. Por muitas vezes cheguei a pensar o que fazia um professor de matemática saber explicar tão longos cálculos.
Desafiada pela compreensão da utilidade desta disciplina em minha vida, optei na minha Licenciatura fazer o curso de Biologia que na época na minha cidade não havia a Licenciatura em Matemática, sendo, portanto, a Biologia o curso que mais havia cadeiras da disciplina de Matemática.
Em meus primeiros anos de experiência na função do Magistério, quando nem ainda tinha cursado a licenciatura, me deparei também com  angustia de não saber transpor o conhecimento matemático para os meus alunos. Ficava apavorada, troca com outra professora o horário para ver se o problema estava em mim. Pautada na angustia de ver até hoje o ensino da Matemática de forma tão distante da vida real é que terei como campo de estudo a Reflexão do  Ensino da Matemática e a Construção de uma Ponte entre a Matemática da Escola e a Matemática da Vida Fora da Escola.
Tenho a recordação de um aluno que ficava apavorado com os cálculos dos conteúdos da III Fase EJA, quando ele dizia: - professora pode fazer tudo de cabeça? E com essa pergunta eu também me perguntava: Como pode um estudante tá na escola para compreender o mundo que lhes cerca e esse mundo parecer tão distante do seu mundo real? Ao passar observar esse estudante que chegava ao resultado da situação problema sem seguir os passos ou fórmulas propostos para a resolução, sem fazer uso da calculadora, e chegar ao resultado correto, sem saber traduzir sua linha de raciocínio eu passei a investigar  minha prática e buscar melhoria.
Até hoje, trago comigo a frustração de ainda ver essa disciplina tão importante para nossa vida vim deixando tanto trauma na vida dos estudantes que optam por cursos onde ela não se faz presente. Sinto-me que como professora tem a responsabilidade de investigar e propor melhoria para a prática do Ensino da Matemática.
METODOLOGIA
A metodologia será pautada na revisão bibliográfica dos autores que já propõem uma nova visão do Ensino da Matemática. Também na observação da metodologia desenvolvidas pelos professores de Matemática da escola a qual sou gestora. E ainda, na observação da prática do professor que leciona a referida disciplina para minha filha, estudante do 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola particular.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os professores de Matemática atualmente estão entre as categorias mais cobrada e monitorada, por ser esta e a Língua Portuguesa, disciplinas presentes na avaliação da Prova Brasil que mede o IDEB e no caso do meu estado na avaliação do SAEPE que mede o IDEPE.
São inúmeros conteúdos presentes no Currículo, o aluno não tem a preparação, ou melhor, a base para a compreensão o que gera angustia para eles e para os professores, é uma pressão, o conteúdo tem que ser trabalhado. Simulados devem ser aplicados tomando como base essas avaliações, vejo como um “treinamento”.
A Modelagem deve fazer parte do currículo da matemática: motivação, facilitação da aprendizagem, preparação para utilizar a matemática em diversas áreas, desenvolvimento de habilidades gerais de exploração e compreensão do papel sócio cultural da Matemática. (Barbosa  2003a), Deveria ser proposto um novo olhar para o Ensino da Matemática, embora, os professores também precisem serem modelados, é necessário que estes, estejam aberto às mudanças, à reflexão a sair da inércia.
Para mudar a nossa prática se faz necessário revolucionar-se a si próprio, ter disposição e disponibilidade para se preparar. Exige de cada um o espírito de investigador participativo, em que ao mesmo tempo em que ele o investiga se torna um sujeito ativo na construção de novas práticas, práticas estas que aproximem o aluno do conhecimento que ele já possui e da aplicabilidade do que é aperfeiçoado dentro da escola fora dela. Assim se dá a consolidação da aprendizagem.
Acredito que só será  possível interligar a escola e a vida social do aluno fora dela, quando o professor começar a aceitar que a sua prática não é correspondente à suas expectativas e a dos seus educando, ou melhor, passar a ver que não está trabalhando o aluno apenas para a “prova” e sim para a vida, construindo um elo entre o conhecimento de mundo e o conhecimento adquirido na escola. Percebe-se ainda a dificuldade de aceitação do professor quando questionamos a sua prática. Quando observo às atividades escolares da minha filha na disciplina de Matemática, vejo um reflexo do que ponho em questão, embora, haja aprendizagem das fórmulas, não há aplicabilidade, pois nunca ela irá compreender a hora em que terá de recorrer àquelas fórmulas. Tenho questionado por muitas vezes com o professor e o que vejo é a inflexibilidade ou a falta de aceitação de que aquilo nunca será útil para o estudante se não for contextualizada de maneira que possibilite a compreensão.
“Não é mais possível apresentar a Matemática aos alunos de forma descontextualizada, sem levar em conta que a origem e o fim da Matemática é responder às demandas de situações-problema da vida diária.” (GROENWALD, FILLIPSEN, 2002).
Infelizmente essa é uma verdade que todos os docentes já têm conhecimento e fazem bastante uso nos seus discursos. Mas somos frutos de uma educação que trabalhou em nós essa distância entre o conhecimento adquirido na escola e o conhecimento que tenho ou devo ter fora desta.
Em entrevista a revista Escola da Editora Abril,  Vergnaud responde com muita pertinência a pergunta:
- Como o professor consegue sair do estágio de "entender a teoria" para "usá-la na prática"? 
VERGNAUD Só com muita formação. Aqueles que usam bem a Teoria dos Campos Conceituais no dia-a-dia são os que voltaram a ela, testaram coisas com seus alunos, cometeram erros, recomeçaram. Só assim é possível dominar o assunto e se sentir seguro na prática. 
"Se o professor vê os alunos errar sem entender o percurso que estão trilhando, o trabalho não funciona." 
 Isso é fato, todo professor tem que ter o mínimo de formação capaz de compreender o processo de raciocino que o aluno utiliza na resolução de um dado problema. Às vezes o professor tá tão acostumado com sua metodologia que não desperta a compreensão de que outras linhas de raciocínio também levam o sujeito ao resultado. Os alunos perdem o gosto pela disciplina por esta e outras razões. Questiono e volto a relatar, só há interesse de aprender algo se isso for ser útil na minha vida. Passa-se pela escola fazendo o estudo das expressões ou equações com tantas incógnitas insignificantes. Daí a necessidade do contexto, por tantas vezes recorremos às incógnitas para resolver problemas do nosso dia a dia e na hora de pô-la essa prática em sala de aula a gente enquanto professor se perde nesse processo. Ainda na entrevista Vergnaud responde a pergunta que também me chamou a atenção;
Como os professores podem interferir nesse processo? 
VERGNAUD, Jean Piaget disse que o conhecimento é uma adaptação a situações nas quais é necessário fazer algo. Por isso, se não confrontamos as crianças com situações nas quais elas precisem desenvolver conceitos, ferramentas, limites, elas não têm razão para aprender. Isso vale para a escola, mas também para a vida, para a experiência profissional. Em Matemática, por exemplo, insistimos na chamada resolução de problemas - propor situações que as crianças não sabem resolver para fazer evoluir em seus conhecimentos. Portanto, queremos desestabilizá-las. E se desestabilizarmos demais? Elas também não vão aprender. Portanto, gerenciar o aprendizado é gerenciar ao mesmo tempo a desestabilização e a estabilização. Portanto, temos de pensar mais e propor situações corriqueiras aos que estão aprendendo. Sempre fizemos isso, às vezes de forma intuitiva. O que minha teoria propõe é que precisamos pensar de forma mais sistemática. O grande desafio do professor é ampliar as dificuldades para as crianças, mas sabendo o que está fazendo e aonde quer chegar. 
O fato é que a maioria dos professores, ou pelo menos, tomando como base a escola a qual estou na função de gestora são completamente dedicados a seus trabalhos, porém são carentes de formação. Tenho percebido um envolvimento muito grande dos alunos e professores no sentido de aproximar o conhecimento da sala de aula ao conhecimento de mundo fora desta, trabalham de maneira dinâmica e com a participação do aluno, embora,  ainda longe da contextualização.
Um fato que tem me chamado a atenção é que professores com formação na área de Geografia que lecionam Matemática na  escola a qual me refiro, têm mais facilidade de contextualizar o ensino da Matemática do que mesmo os que possuem formação em áreas afins ela, o que, no meu ponto de vista, confirma a sequela que o ensino de matemática nos deixa desde à infância a formação acadêmica.  Professores desta área sentem maior dificuldade de se libertar do modelo de ensino que tiveram enquanto discente.
Ao ter como campo de observação a escola em que estou na função de gestora, tenho observado práticas de sucesso e trazido para as discussões nas reuniões pedagógicas, possibilitando ao professor daquela prática a troca de experiências com os demais, mostrando que é possível fazer diferente e as contribuições para a aprendizagem do aluno. Com isso percebo a cada dia a vontade dos colegas e o esforço na busca de inovação do ensino da Matemática.
A proposta é que seja trabalhado todo e qualquer conteúdo com a problematização inicial voltada para os pré-requisitos daquele conteúdo, verificando o que o aluno já traz de conhecimentos prévios e introduzindo novos conhecimentos. Orientamos sempre que às atividades sejam elaboradas com um suporte, que este desperte no aluno à compreensão. Sempre que possível trabalhar fora da sala de aula envolvendo o aluno no estudo de situações problemas práticos presentes em seu universo dentro e fora da sala de aula.Ainda precisamos melhorar muito, mas já sinto que os professores estão mais abertos a essa transformação e compartilham sempre com os colegas as experiências exitosas. A expectativa é que seja investido mais em formação nesta área , que novos estudos e pesquisas sejam colocadas em práticas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considero uma necessidade urgente à formação do professor de matemática para um novo modelo de ensino. A educação tem pressa, não dá mais para conviver com um índice de reprovação alarmante nesta disciplina. E a opção por uma área acadêmica aonde o estudante possa fugir da área de exatas por que a sua carência de aprendizagem em matemática é muita. Sem levar em conta o decrescimento das competências construídas. Quanto maior o grau de estudo, menor é o número de competências construídas. É como se o que estudante passou seus anos de Ensino Fundamental aprendendo ele passasse seus anos de Ensino Médio desaprendendo.
E assim vamos colocando profissionais no mercado de trabalho cada vez mais desqualificados para desenvolver suas funções. Ressalto, a mudança na metodologia do ensino da matemática deve ser uma causa emergencial, é preciso tratar. Não só com monitoramentos e propostas de avaliação, pois as avaliações já diagnosticaram, agora precisa ser medicado.
 Como relatei no início, fui desafiada pelas dificuldades de compreensão da matemática, hoje continuo aqui me sentindo desafiada a pesquisar novas alternativas para mudar esse ensino. Não quero voltar a lecionar essa disciplina, sem antes ter mudado minha maneira de trabalhar com o meu aluno. Isso pra mim permanece como um desafio e espero ao longo do meu curso de Mestrado, estudar, investigar, discutir e apresentar uma proposta que diminua a distância entre a Matemática da Escola e a Matemática Fora da Escola. Quero construir uma ponte e nessa ponte trazer aos discente e docente um novo olhar, um olhar de transformação. Assim serei uma professora feliz e farei felizes os meus educandos.
REFERÊNCIAS: Revista Nova escola - Entrevista com Gérard Vergnaud, revistaescola.abril.com.br
WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. In: Hamilton Werneck, Petropólis/RJ: Ed. Vozes, 1992. 
Boletins SAEB e SAEPE, - Escalas de Proficiências do Ensino Fundamental e Médio do ano 2011 disciplina de Matemática.
BARBOSA, Jonei Cerqueira. Modelagem Matemática na sala de aula. (2003)
Artigo: A Contextualização no Ensino da Matemática – Um estudo com alunos e professores do Ensino Fundamental da Rede Particular de Ensino do Distrito Federal ( Susana da Silva Fernandes, orientador Vilmondes Rocha).


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/construindo-uma-ponte-entre-a-matematica-da-escola-e-matematica-fora-da-escola/114035/#ixzz2iND8TNX0

sábado, 19 de outubro de 2013

UMA CURIOSIDADE COM NÚMEROS DE TRÊS ALGARISMOS - Portal só Matemática.


Escolha um numero de três algarismos:
Ex: 234

Repita este numero na frente do mesmo:
234234

Agora divida por 13:
234234 / 13 = 18018

Agora divida o resultado por 11:
18018 / 11 = 1638

Divida novamente o resultado, só que agora por 7:
1638 / 7 = 234

O resultado é igual ao numero de três algarismos que você havia escolhido: 234.

Reflexos da Matemática em Minha Vida: RETRATOS & REFLEXOS

Reflexos da Matemática em Minha Vida: RETRATOS & REFLEXOS: MATEMÁTICA NÃO É DIFÍCIL, DIFÍCIL É MUDAR NOSSA PRÁTICA DE ENSINO DESTA DISCIPLINA Passei minha vida inteira de estudante do Ensino Fun...

RETRATOS & REFLEXOS

MATEMÁTICA NÃO É DIFÍCIL, DIFÍCIL É MUDAR NOSSA PRÁTICA DE ENSINO DESTA DISCIPLINA


Passei minha vida inteira de estudante do Ensino Fundamental e Médio sem compreender o papel da incógnita na minha vida, levava tempo para entender uma equação de 1º grau. 
Já nos meus anos de faculdades, tive a sorte de conviver com um professor meio louco, impaciente, estressado, mas que com todos esses defeitos era um gênio, passava com muita segurança problemas da vida real em que o "x" se fazia presente. Passei a compreender que fazia sentido estudar àquelas equações.
No terceiro período de curso me deparei com o professor de geometria que muito emboras, fosse um engenheiro civil, sua didática passava longe de interligar a matemática da sala de aula a matemática fora desta. Aprendia todo o processo dos longos cálculos, mas nunca a aplicabilidade.
Tenho inúmeras lembranças dos impactos da Matemática em minha formação e até na minha prática pedagógica.
Estarei sempre relatando experiências passadas para que possa junto a outras pessoas que me seguirão ou que farão comentários sobre as postagens eu possa reconstruir novos  conceitos, buscando a melhoria da minha prática pedagógica. Também estarei recorrendo a revisão de literaturas e praticando a reflexão.

"O principal objetivo da educação é ensinar os mais novos a pensar e a resolução de problemas constitui uma arte prática que todos os alunos podem aprender. Porque o ensino é, na sua perspectiva, também uma arte, ninguém pode programar ou mecanizar o ensino da resolução de problemas; este ensino é uma atividade humana que requer experiência, gosto e bom senso".
(BOAVIDA, 1992, p.109)

É nessa expectativa que vou pautando meus sonhos de apresentar no final do meu curso de Mestrado um novo olhar para o ensino de Matemática e que este servirá também para outras disciplinas, pois o conhecimento não se dá de forma isolada.
Audeni