quinta-feira, 31 de julho de 2014

CELEBRAR A VIDA!!!!!

Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais solicitada que eu já escrevi.

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente, o próximo passo, pequeno.

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.


10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você.

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42.. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.
Regina Brett

segunda-feira, 28 de julho de 2014

PERFIS DE LIDERANÇA E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS: RELAÇÕES DE PODER, RELAÇÕES HUMANAS NA ESCOLA E ASPECTOS ÉTICOS

Perfis de liderança e mediação de conflitos: Relações de poder, relações humanas na escola e aspectos éticos.
Por Audeni Coelho Nobre
Especialização em Gestão e Avaliação da Educação Pública-UPE
A princípio, considerando a dimensão  desse tema, trata-se de um assunto bastante complexo, desde a sua abordagem a prevenção deste no cotidiano escolar.
Atualmente, os conflitos existentes na escola têm ganhado muito espaço e dificultado o trabalho do professor, digo do professor, por ser este o funcionário que passa mais tempo com o aluno, no entanto, o problema atinge a todos e ainda não se sabe aonde pode chegar nem como erradicar.
Discussões surgem nos encontros pedagógicos, que tanto se parece um laboratório de práticas, sendo estas, as “queixas”, os “desabafos” dos professores, que entre si discutem  o que fazer e como fazer para conseguir resolver os mais diversos conflitos que surgem no ambiente escolar principalmente entre alunos, porém já atingem professores, os alunos atualmente tiram o professor do “sério”, levando esses a perder o controle, onde muitas vezes ao invés de mediador se torna agressor, termina por entrar no jogo.
No meu ponto de vista, o problema está muito além da escola, que ainda não está preparada para a clientela que tem hoje. Esse ponto de vista se confirma na discussão apresentada por CHRISPINO, Alvaro e DUSI , Miriam Lucia Herrera Masotti  no trecho:
“Diz-se que escola é o espaço que a sociedade acredita ser o ideal para reproduzir seus valores tidos como importantes para sua manutenção. Ocorre que a própria família, em crise e em transformação como outras instituições sociais contemporâneas, passou a delegar à escola funções educativas que historicamente eram de sua própria responsabilidade, o que acarretou uma mudança no perfil de comportamento do aluno. Por outro lado, a massificação da educação trouxe para dentro do universo escolar um conjunto diferente de alunos, sendo certo que a escola atual – da maneira como está organizada e da maneira como foram formados os professores –, só está preparada para lidar com alunos de formato padrão e perfil ideal”. (CHRISPINO, Alvaro e DUSI , Miriam Lucia Herrera Masotti).  
Os problemas da escola sugiram no momento em que esta não estava preparada para receber a demanda, e estamos até hoje tentando paliar aquilo que ainda não aprendemos a resolver.
“A massificação ampliou o número de alunos e trouxe um aluno de perfil diferente daquele com o qual a escola está preparada para lidar. Isso acarretou uma desestabilização da ordem interna histórica. Está criado o campo do conflito! Essa é a tese principal que temos defendido”. (CHRISPINO, Alvaro e DUSI , Miriam Lucia Herrera Masotti ).
Nesse contexto, percebe-se que a nossa dificuldade está em conciliar a escola com o perfil do  aluno recebido e a sua diversidade. A escola precisa se preparar para lidar com essa diversidade de forma que os conflitos sejam mediados sem que antes, se tornem agravantes no ambiente escolar, de tal maneira que se estenda à sociedade.
Compreende-se a importância das propostas e das políticas públicas no combate à violência, contudo, seria muito interessante que se discutisse um novo perfil de educador, de escola, que aprendesse a lidar com a massa, com o público, que hoje está na escola e que desta precisa para ser um cidadão de bem, o que muitas vezes este aluno acaba por ser expulso da escola sem se tornar esse cidadão. Daí eu pergunto; a culpa é do aluno? Será que ele veio para escola só para perturbar? Ou será que os conflitos surgem mesmos pela inquietação do aluno por não ter suas expectativas superadas?
Quantos alunos a escola exclui por não conhecer seu potencial, por não estar preparada para explorar as capacidades cognitivas do aluno. Quantos estudantes já se deram bem na escola quando tinha tudo para se dá mal. É nesse âmbito que está o desafio de educar, de favorecer a construção de relações saudáveis, de afetividade, de diálogo, e através deste diálogo construir um ambiente mais saudáveis e favorável a cultura de paz.
 O Manifesto afirma que é da responsabilidade de cada ser humano traduzir os valores, atitudes e padrões de comportamento que inspiram a Cultura de Paz em realidades da vida diária. Todos podem agir no espírito da Cultura de Paz dentro do contexto da própria família, do local de trabalho, do bairro, da cidade ou da região, tornando-se um mensageiro da tolerância, da solidariedade e do diálogo.
Vejo o diálogo como uma grande possibilidade de combate à violência, por isso o valor da mediação. O gestor escolar tem um papel de grande valia nessa mediação, pois através do diálogo, ele pode construir relações saudáveis no ambiente escolar. Contudo, esse papel de mediador exige ética, pois ele tem a responsabilidade de conquistar  a confiança do aluno, de saber ouvir, de pontuar aquilo que é de fundamental para a melhoria da convivência entre outros aspectos. O gestor quando possui uma postura ética, se torna uma referência para o educando, assim, conquista a amizade,  a confiança e  vai conseguindo construir através do diálogo  um ambiente saudável favorável à cultura de paz.
A escola tem assumido muitas responsabilidades nos últimos tempos, embora, seja esta formadora de opinião, ela tem um desafio grande quando compete com a mídia em todos os sentidos e no tocante à violência, vejo a mídia como um agravante quando mostra os fatos, às vezes com tanto ênfase, que aquilo que era para ser ridículo se torna normal, onde os agressores, muitas vezes são visto pelo telespectador como um herói, dependendo da maturidade e capacidade de interpretação daquele que  recebe à informação.
Posso até está sendo exagerada, e aqui é apenas o meu ponto de vista, nada que eu possa comprovar, contudo, vejo a televisão não como mediadora de conflito, mas  como bastante influente na  propagação destes. Cada vez que ocorre um fato grave em determinada escola, a televisão mostra com muito detalhe aquele fato, o telespectador “aluno” muitas vezes acha interessante e daí leva aquele episódio  para o chão da sua escola.
A gestão da escola já está desenvolvendo projetos de cultura de paz, são projetos construídos com a participação da comunidade escolar e estamos na busca e permanência desta paz no contexto escolar. Embora, convivemos com alunos de realidades diferentes na escola da qual tenho propriedade para falar, vejo que os conflitos surgem, porém ainda estão sob nosso controle, conhecemos todos os alunos que compõem a unidade de ensino e aqueles que são novatos quando chegam à escola, professores, alunos e funcionários de modo geral procuram conhecê-los, acolhendo e juntos vão traçando o perfil deste aluno, para que possa aprender a conviver de modo que este se sinta bem e incluído dentro do ambiente escolar.
Quando se trata de políticas públicas de combate à violência percebe-se na fala dos autores CHRISPINO, Alvaro e DUSI , Miriam Lucia Herrera Masotti, que elas surgem com base em estudos, quando diz:
“O primeiro esclarecimento necessário é que a violência escolar é sistêmica e complexa. Por tal razão, não é razoável esperar que seja superada por ações pontuais e espasmódicas, movidas pela comoção de um fato mais contundente que fere a sensibilidade social. Ele pede realista, análise prospectiva, planejamento com capacidade de aplicação, convergência de ações entre os diversos atores para o fim determinado, avaliação de processo e de resultado e, quiçá, responsabilização pelo feito e pelo não-feito no assunto.o desenvolvimento de uma capacidade de antecipação por meio de diagnóstico”. (CHRISPINO, Alvaro e DUSI , Miriam Lucia Herrera Masotti).
 Que elas devem ser fundamentadas a partir de um conjunto de dados analisados, partindo daí deve se estabelecer conjunto de ações a serem desenvolvidas e a quem devem ser atribuídas para que em longo prazo possa conseguir uma pequena mudança na sociedade. Vale salientar, que a escola sozinha não poderá resolver a situação, contudo, ela é uma das instituições responsáveis por criar e desenvolver estratégias de mediação de conflitos, de combate à violência conforme á realidade em que está inserida. Estas estratégias devem ser criadas partindo do estudo da área geográfica em que a escola está localizada, dos incidentes ocorridos, da situação de risco em que os alunos se encontram entre outros fatores a considerar.
Sabe-se que o gestor é o agente público norteador do processo de ensino aprendizagem, e que este deve zelar pela qualidade deste processo, possibilitando à comunidade escolar a participação de todo processo na busca dessa qualidade. Para tanto, devem junto à comunidade traçar um plano de ação com metas a alcançar, recorrendo sempre que necessário a outras entidades que possa apoiar as ações da escola na vivência da Cultura de Paz.
Considero de grande importância a proposta apresentada por CHRISPINO, Alvaro e DUSI , Miriam Lucia Herrera Masotti, pela dimensão da abordagem, pela apresentação das ações/estratégias que devem ser vivenciada pelas entidades públicas na redução e na promoção da cultura de paz. Sabe-se da necessidade que enquanto gestão, o gestor precisa abraçar a causa, liderar pelo exemplo, e assumir a  responsabilidade de gerir os problemas diversos que surgem no contexto escolar.  
 REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS
 Uma Proposta de Modelagem de Política Pública para a Redução da   Violência Escolar e Promoção da Cultura da Paz - CHRISPINO, Alvaro e DUSI, Miriam Lucia Herrera Masotti;
Manifesto 2000 Por Uma Cultura de Paz e Não-Violência- Biblioteca Virtual de Direitos Humanos, http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/UNESCO; acesso em 02/07/2014;
 Gestão com Foco na Educação de Paz e Sustentabilidade - Módulo 2 – PROGEPE.
Projeto Político Pedagógico da Escola Manoel Ribeiro Damasceno 2013/2014.


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/perfis-de-lideranca-e-mediacao-de-conflitos-relacoes-de-poder-relacoes-humanas-na-escola-e-aspectos-eticos/123796/#ixzz38lBFUChO

terça-feira, 8 de julho de 2014

Mais Um Tijolo no Muro





Bela reflexão!
A Educação que a gente precisa é aquela que como dizia Paulo Freire que liberta as pessoas.
Cada professor que passa pela vida de um aluno pode fazer a diferença, pode deixar a sua marca, e que esta seja positiva... Quero ser lembrada pelo que fiz de melhor pela vida do estudante.
Quero ser lembrada de forma positiva, pois isso contribuirá para minha realização profissional e porque não dizer pessoal.
Um ponto de vista que me chamou atenção a respeito do filme é que propôs o Jornal Matéria Prima quando diz:
Basta olhar com um pouco mais de atenção a nossa volta para percebermos que é exatamente nisso que nos transformaram. A diferença é que na cena em questão as regras são claramente impostas. Aqui não. Vivemos em um conservadorismo sistemático que nos dita suas regras nas entrelinhas, de forma tão sutil a ponto de nem percebermos e acreditarmos na nossa liberdade.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

BARULHO DE CARROÇA



Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceite com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou: 

- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa? 

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: 

- Estou ouvindo um barulho de carroça. 

- Isso mesmo, disse meu pai, e uma carroça vazia. 

Perguntei ao meu pai: 

- Como pode saber que a carroça esta vazia, se ainda não a vimos? 

Ora, respondeu meu pai. é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz. 

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: "Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz..." 

Pense nisso!


Praticando o Desapego (Fernando Pessoa)

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário....
Perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. 

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: Diga a sí mesmo que o que passou jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo... 
- Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade ou por soberba...
Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais em sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Quando um dia você decidir a pôr um ponto final naquilo que já não te acrescenta.
Que você esteja bem certo disso, para que possa ir em frente, ir embora de vez.

Desapegar-se, é renovar votos de esperança de sí mesmo,
É dar-se uma nova oportunidade de construir uma nova história melhor.
Liberte-se de tudo aquilo que não tem te feito bem, daquilo que já não tem nenhum valor, e siga, siga novos rumos, desvende novos mundos.

A vida não espera.
O tempo não perdoa. 
E a esperança, é sempre a última a lhe deixar.

Então, recomece, desapegue-se! 

Ser livre, não tem preço!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Você é a Diferença

VOCÊ É A DIFERENÇA

Tínhamos uma aula de fisiologia na Escola de Medicina logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e assim a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? Que nada!

Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.

Veja o que ele disse:

"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez.
Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de uma forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Os outros 95% servem apenas para fazer volume. São medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo.
Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são realmente especiais.

É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.

Portanto terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos a aula de hoje."

Nem preciso dizer sobre o silêncio que ficou na sala e no nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso.
Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre: afinal, quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não: só o tempo dirá a que grupo pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

Bom dia!!!
Muito Bom estar com você e sua vontade de fazer a diferença.

AUDENI – 10.04.2014.

segunda-feira, 10 de março de 2014

AVALIAÇÕES EXTERNAS E A MELHORIA DA QUALIDADE EDUCACIONAL

AVALIAÇÕES EXTERNAS E A MELHORIA DA QUALIDADE  EDUCACIONAL
A avaliação externa é um elemento que subsidia a tomada de decisão no âmbito educacional, pela sua dimensão, pois permite o acompanhamento do desenvolvimento da educação, a evolução das instituições e a implantação de novas políticas educacionais.
Como primeira iniciativa de avaliação externa veio o SAEB em 1995, depois veio as avaliações de iniciativa  dos estados, no caso de Pernambuco que tem como avaliação externa o SAEPE, que é utilizado para acompanhar, medir e implantar novas políticas de ensino no estado, visando atingir metas e melhorar os índices de aprendizagens dos estudantes.
O SAEPE é uma avaliação de caráter censitário e amostral,  que dá condições a rede estadual de Pernambuco acompanhar e monitorar o processo de ensino aprendizagem, bem como, a tomada de decisão para a implantação de novas políticas educacional.
A partir da coleta e análise dos dados de cada instituição de ensino é estabelecidas metas de crescimento, estas metas, devem ser analisada pela gestão escolar, que terá como responsabilidade, socializar com os demais membros da escola e juntos traçar o plano de ação de melhoria dos indicadores.
Com os dados do SAEPE a instituição tem condições de  comparar resultados, avaliar crescimento ou decrescimento, identificar os fatores que dificultam o processo de ensino aprendizagem, propor estudo e discussão da escala de proficiência e estabelecer estrategicamente meios de superação.
Os estudantes avaliados pelo SAEPE são aqueles que estão na etapa conclusiva de cada ciclo de ensino, ( 3º  e 5º ano do Fundamental I,  9º ano do Fundamental II e 3º ano do Ensino Médio), as avaliações contempla apenas as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. Pautado nessa amostragem, avalia-se a qualidade da aprendizagem.
Além das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o SAEPE também realiza um questionário que permite traçar o perfil do estudante, do professor das referidas disciplinas, do gestor da escola e da escola. Esses questionários dão subsídio para o estado conhecer os profissionais da educação, a infraestrutura da instituição e as condições socioeconômicas dos estudantes. Todos esses elementos são de fundamental importância para identificar os fatores que afetam a qualidade do ensino aprendizagem.
Os principais objetivos do SAEPE são:
-     Produzir informações sobre o grau de domínio dos estudantes nas habilidades e competências consideradas essenciais em cada período de escolaridade avaliado. Estes são pré-requisitos indispensáveis não apenas para a continuidade dos estudos, mas para a vida em sociedade.
-     Monitorar o desempenho dos estudantes ao longo do tempo, como forma de avaliar continuamente o projeto pedagógico de cada escola, possibilitando a implementação de medidas corretivas, quando necessário.
-     Contribuir diretamente para a adaptação das práticas de ensino às necessidades dos alunos, diagnosticadas por meio dos instrumentos de avaliação.
-     Associar os resultados da avaliação às políticas de incentivo com a intenção de reduzir as desigualdades e elevar o grau de eficácia da escola. 
-     Compor, em conjunto com as taxas de aprovação verificadas pelo Censo Escolar, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco – IDEPE.
Apesar de o SAEPE ter seu inicio no ano de 2005, somente a partir do ano de 2007 é que seus resultados passam a serem consolidados e divulgados, possibilitando às gerências regionais, as escolas e ao estado fazer comparações e a partir de 2008 a avaliação do SAEPE passou a ser aplicada anualmente.
A avaliação do SAEPE é elaborada com base nas “ Matrizes de Referências que apresentam o objeto dos testes. São formadas, por um conjunto de habilidades (descritores) mínimos esperados dos estudantes em seus diversos níveis de complexidade, em cada área de conhecimento e etapa de escolaridade”. (Revista do Sistema SAEPE, p.17, 2011).
A análise dos itens das avaliações do SAEPE compreende um processo bem mais complexo do que o processo avaliativo que acontece no dia-a-dia da sala de aula. “Por serem os testes do SAEPE aplicados a um grande número de estudantes, os resultados levam em consideração cada uma das habilidades presentes na matriz de referências da avaliação”. (Revista SAEPE, p.46, 2011). Os testes são compostos por unidades básicas denominadas itens, cada item tem o objetivo de avaliar uma habilidade, por ser ele um teste de proficiência.
A proficiência é uma medida do conhecimento não observável de maneira direta. Por isso, para analisar os testes do SAEPE são utilizado os procedimentos de Teoria de Resposta ao Item (TRI), essa análise permite colocar, em uma mesma escala, a proficiência dos estudantes e comparar os resultados entre diferentes programas avaliativos (SAEB, Prova Brasil e SAEPE) e de um mesmo programa ao longo de suas edições. (Revista SAEPE, p.48, 2011).
Os resultados do SAEPE são disponibilizados às escolas através das revistas ou boletins pedagógicos contendo todo o resultado dos estudantes, da escola, do município e do estado, para possíveis comparações. Essas revistas apresentam ainda a exploração do item, a margem de acerto e erros dos estudantes e a escala de proficiência.
Partindo da análise dos dados, o gestor da escola, deve promover estudos e discussão sobre os resultados alcançados e a partir daí, traçar seu plano de ação, também junto aos coordenadores pedagógicos e professores implantar novas ações para o Projeto Político Pedagógico, garantindo equidade e a qualidade do processo ensino aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebe-se que a avaliação de larga escala é uma das possibilidades dentro do âmbito educacional que todo gestor tem para se situar, sabendo onde está e aonde deve chegar. Compete a cada setor educacional,  a realização da análise dos resultados sempre na ótica de que pode avançar mais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Portal do Caed
Portal do SIEPE/SAEPE
Revista do Sistema SAEPE 2011
Revista do SAEPE da Escola Manoel Ribeiro Damasceno 2012.








domingo, 2 de fevereiro de 2014

MINHA TRAJETÓRIA COMO LÍDER



MINHA TRAJETÓRIA COMO LÍDER
Audeni Coelho Nobre
Não há uma receita que, seguida à risca, resulte num líder
( Flávia Alves de Brito Lacerda)
Durante minha trajetória até hoje na educação, eu como tantas outras pessoas   já tive a brilhante oportunidade de ser líder de pequenos ou grandes grupos. Grupos esses, com quem pude dividir o meu profissional e crescer junto com eles.
Descobri em mim, a capacidade de liderança, quando tinha nove anos de idade e  cursava apenas  a 3ª série do Ensino Fundamental. Fui obrigada pela ironia do destino junto a minha mãe assumir o papel de uma líder familiar. Foi um momento difícil, mas de crescimento, pois naquela época  eu perdia o meu pai que até então, era o líder da família. Minha mãe semianalfabeta, dona de casa, que só entendia de cozinha, deixava todos os problemas externos para serem resolvidos pelo meu pai, que naquele dia 27 de agosto de 1983  nos deixava, vítima de assassinato. Minha mãe então, atada pelo comodismo de nada resolver, começou atribuir responsabilidades pra mim, tipo ir fazer  compras, cuidar do meu irmão mais novo, ir à cidade  com ela, porque eu era a única que sabia ler e podia entender o que estava acontecendo nos negócios que ela tinha que resolver. Enfim, assim fui recebendo responsabilidades e desenvolvendo desde cedo minhas condições de lideranças.
Na escola, enquanto estudante sempre que havia trabalho em grupo, eu ia assumindo a posição de líder e as pessoas iam criando aqueles laços de confiança em minhas ideias e deixando sempre o comando ou a apresentação se fosse o caso, por minha conta.
Na 7ª série do Ensino fundamental fui eleita pelos colegas, representante de sala, e pelo grêmio estudantil, tesoureira, ambas as funções, contribuíram para a perda da minha timidez. Na 8ª série fui nomeada oradora da turma através da votação do melhor discurso produzido entre um grupo de estudantes considerados bons oradores. Durante todo o Ensino Médio me envolvi em atividades destaques, como líder de turma, organizadora de formatura e eleita a declamadora da turma na formatura do Magistério.
Confesso que todo os processo  de crescimento enquanto estudante só foram me tornando uma pessoa corajosa, que aprendeu a gostar de desafios.
Quando iniciei minha carreira no Magistério, fiquei por oito anos em uma escola da zona rural, no sítio em que nasci e me criei. Era uma escola tranquila, sem muitos problemas e, portanto, não via desafio presente no meu campo profissional, tudo era monótono. Foi então que senti a necessidade de ir além, queria um novo campo de trabalho, que pudesse me motivar que apresentasse problemas a serem superados e mudei-me para o Distrito aonde fui exercer minha função de professora na escola sede. No primeiro ano tudo ocorreu tranquilamente, sem muitas diferenças, no ano seguinte, comecei a ver além do que tinha visto até ali, recebi para trabalhar uma turma de 3ª série com alunos de comportamentos e níveis de leitura diversos, daí surgiu à necessidade de desenvolver um novo trabalho, e como na época eu já era estudante do Magistério comecei então desenvolver de forma rudimentar a pedagogia de projetos.
As dificuldades foram sendo sanadas aos poucos, alunos e pais foram aprendendo a gostar e a confiar no meu trabalho, que no começou surgiu resistência, pois eu era uma professora da zona rural e a maioria dos pais subestimava minha capacidade profissional. Nos anos seguintes, cada vez mais iam surgindo à diversidade e os desafios a serem superados, e, portanto, sempre surgindo à necessidade de um novo jeito de caminhar.
Em 2005 recebi o convite e assumi a coordenação pedagógica da EBJL, uma oportunidade que surgiu tão rápida e que muitos não acreditavam no meu potencial para partilhar com uma equipe conhecimentos e juntos buscarmos resultados. Mas tive o privilégio de conviver e aprender com um profissional de tamanha personalidade, Manoel Nobre, um amante da educação e um sonhador com uma sociedade mais justa. Com ele aprendi os primeiros traços de uma gestão escolar, pois sempre partilhava comigo as dificuldades e os avanços da EBJL em seus aspectos administrativos e pedagógicos.
Em 2007 assumi com a indicação de Manoel Nobre a coordenação administrativa da EBJL juntamente com outra grande figura com quem muito aprendi me diverti e me estressei, Erasmo Gonçalves, grande companheiro de luta. Juntos realizamos, com muitas dificuldades, mas também com sucesso, um trabalho que fomos reconhecidos pela coragem e determinação na busca da superação dos desafios. Com a participação dos colegiados, construímos o primeiro Projeto Político Pedagógico da EBJL e inédito, por ser a primeira escola do município a construir seu PPP.
Em 2009 quando deixei a coordenação administrativa da referida escola, fui convidada a assumir um trabalho como professora de apoio ao Programa Alfa e Beto, foi um trabalho interessante que realizei com a companheira Rivaneide Gonçalves e as coordenadoras da EBJL Nederjane e Eliana, tendo como público alvo, os estudantes do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental, os quais eram acompanhados e avaliados por mim com instruções do próprio Programa os avanços no nível de leitura e escrita. Todos os relatórios eram encaminhados à supervisora geral, Ana D’Arc, outra grande figura com quem aprendi a ser.
Em 2011 esse trabalho continuou, só que dessa vez, como coordenadora de quatro escolas da zona rural do meu distrito, sendo além das funções pedagógicas do Programa Alfa e Beto, também as funções administrativas das escolas. Foi um trabalho gratificante, pois de volta à zona rural, minhas origens, mas com um novo e desafiador trabalho. Também paralelo a essa função, neste mesmo ano, assumi a função de Chefe de Secretaria da E.M.R.D. rede estadual, apesar de todas as minhas passagens em funções administrativas em nenhuma delas fui tão envolvidas com a parte burocrática e ao mesmo tempo humana como a secretaria de uma escola. É um trabalho um tanto chato e que não me apaixonei até hoje. Gosto do vivo, do pedagógico, da alma, da essência, daquilo que pode ser mudado.  Acho até que fui além, pois na secretaria quando tive a oportunidade exerci além das minhas funções de secretária, consegui exercer atividades pedagógicas a partir das análises dos dados bimestrais.
Em 2012 assumi entre tantos obstáculos a função de diretora Adjunta/pedagógica da E.M.R.D, foi um curto prazo que em nada diferenciou da função de Chefe de Secretaria, tendo como companheira de luta a diretora Magna Gleyssia, jovem, determinada, juntas partilhamos sonhos angústias e vencemos desafios. Ainda em 2012 fui submetida ao processo de avaliação para diretor de escola, candidata a eleição de diretora da E.M.R.D e eleita pela comunidade escolar que já vinha acompanhando o meu trabalho na escola. Assumi em janeiro de 2013 o cargo de diretora na E.M.R.D., com êxito consegui desenvolver uma gestão participativa voltada para a busca de resultados e do reconhecimento do trabalho em equipe. Embora, tudo caminhasse para dá certo, resolvi em um ato que  também é característica de um líder,  tomar a decisão de deixar a gestão da escola.
Assim durante todo o ano de 2013 exerci o papel de líder, com verdadeiro espírito de liderança, focada no desejo de transformar sonhos e comportamentos. Foi um trabalho árduo e ao mesmo tempo gratificante, pois conseguimos envolver a comunidade escolar e ser reconhecidos pelo trabalho de uma equipe feliz, que tiveram a oportunidade de criar, construir e desenvolver projetos voltados à aprendizagem e ao protagonismo estudantil.
Para ser líder é preciso estar aberto aos desafios, estar motivado, ser otimista, passar para a equipe confiança, ser ousado, despertar no outro o desejo de agir, de fazer algo melhor, de ser melhor, não esquecendo que líderes são aprendizes que estão ali porque tiveram a oportunidade de estar, não porque sabem mais que os outros. Nessa visão, a liderança é um processo de construção diária em que o prazer estar naquilo que você constrói junto ao grupo.
Outro papel determinante para o líder é a visão holística. Só é capaz de apresentar ou criar junto ao grupo estratégias para vencer os desafios quem consegue ter essa visão. “A liderança tem o papel essencial de mobilizar e catalizar um grupo para objetivos comuns” (SEBRAE NA). Assim se dá a essência do sucesso do líder, a partir do vínculo que ele mesmo cria com o grupo.
Segundo Peter Senger a “liderança está na comunidade, nunca em indivíduos”. Uma grande transformação organizacional não é resultado do trabalho de um indivíduo sozinho, por brilhante que ele seja. Sempre haverá pessoas que abraçam a causa e, cada uma a seu modo e em seu momento, dão sua contribuição.
Pautada nessa colocação quero frisar, muitos são aqueles que contribuíram para me tornar líder. Os nomes presente no texto aqui são apenas daqueles com quem trabalhei de maneira mais próxima, dividindo medos, sonhos, angústias e sucessos, porém, inúmeras são as pessoas que contribuíram para minha trajetória de líder. Vale salientar que ninguém é líder para sempre, contudo, as características desenvolvidas nesse processo de experiência enquanto líder fará parte do nosso perfil profissional, que não é por mim construído, mas sim, constituído pelos medos, problemas, desafios, resultados e reconhecimento do meu trabalho, além do companheirismo. Digo, com vocês eu aprendi.


Obras consultadas
Como  Tornar-se Um Líder – Jonh Adair
Dimensões da Gestão  Escolar e suas Competências – Eloisa Luck
Site do SEBRAE artigos: Liderança e Estratégias alguns pontos - SEBRAE NA e Liderança se constrói no dia a dia - Flávia Alves de Brito Lacerda


terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O Papel do Professor desde a Pedagogia Uniforme à Pedagogia Diferenciada

O Papel do Professor desde a Pedagogia Uniforme à Pedagogia Diferenciada

O Papel do Professor desde a Pedagogia Uniforme à Pedagogia Diferenciada

Uma discussão do texto Quatro métodos fundamentais de ensino/aprendizagem - proposto pelo professor José B. Duarte
Por Audeni Coelho Nobre
Com a democratização do ensino a escola passou a conviver com classes sociais diversificada, com isso a pedagogia uniforme deixou de funcionar, assim nos tornamos professores inquietos com nossa prática pedagógica. Costumamos ver hoje professores com discursos diferentes da prática. Todos sabem que é preciso mudar a prática pedagógica para atender às necessidades individuais dos estudantes, mas poucos conseguem se libertar do modelo de educação que recebeu, tornando assim um reprodutor do conhecimento, enquanto deveria ser um facilitador da construção deste.
Educar nos dias de hoje é uma tarefa complexa, exige do educador o conhecimento e a capacidade de transposição do conhecimento ao alunado no nível em que estes estejam abertos ao aprender.
Ajudar os educando no processo da aprendizagem e torná-los seres produtivos é necessário que este professor conheça “os objetos didáticos e identifique as aprendizagens fundamentais de modo  a planificar o seu estudo, avaliar os seus  conhecimentos e a identificar as  dificuldades,” (Ana Cadima, 1996, p.51). Para saber os objetos didáticos primeiro é necessário conhecer a turma através do diagnóstico que é uma ferramenta que possibilita o conhecimento do potencial e das dificuldades dos estudantes e consequentemente que didática ou objetos didáticos deve-se utilizar para despertar o interesse e a aprendizagem do  aluno.
Mesmo diante de um diagnóstico realizado em uma determinada turma o professor ainda pode ser surpreendido com realidades que não vieram átonas no diagnóstico e cabe a ele a flexibilidade das estratégias anteriormente traçadas. O diagnostico é a penas um meio para construir estratégias de trabalho voltadas para a realidade do estudante. Cabe ao professor criar estratégias e metodologias que facilitem a aquisição de novos conhecimentos.
De acordo com Byers Rose (1996), as atividades de aprendizagens só serão adequadas aos diferentes alunos se as mesmas assumirem determinadas características básicas a saber:
  • Ser relevantes considerando a experiência do aluno e a sua motivação;
  • Respeitar os diferentes ritmos dos diferentes alunos;
  • Promover nos alunos atitudes de investigação e descoberta;
  • Ser organizadas numa perspectiva de resolução de problemas.” (Cit. Por Morgado, 2004, p.89). Partindo dessa citação, percebe-se o cuidado que o professor deve ter ao traçar as metodologias de ensino que venham ser relevantes para a aprendizagem do aluno.

O imperativo pedagógico – o professor não será obrigado a seguir obedientemente a ordem dos conceitos nos programas – No meu entender, isto não implicarás  perda para o aluno, desde que o professor tenha a habilidade de reorganizar a proposta criando uma nova ordem, mas que esta atinja a construção dos conceitos ou competências que o aluno deve dominar.
Não considero perda de tempo quando há a necessidade de explorar mais o conteúdo gastando mais tempo do que o previsto procurar uma nova estratégia de ensino, refazer o plano de aula, quando este não teve êxito. O que importa mesmo é a construção da aprendizagem. Faz-se necessário sempre a revisão da metodologia utilizada. Manter o diálogo com o estudante, dar a atenção às colocações feitas por eles, conhecer o contexto em que o aluno está inserido, tudo isto contribui para melhoria dos processos de ensino aprendizagem.
Conhecer a realidade do aluno possibilita o desenvolvimento de uma pedagogia diferenciada, esta permite também que os alunos interajam uns com os outros, construindo novas competências ou consolidando aquelas que já estão em construção.
A dinâmica do trabalho em grupo requer atenção e organização no trabalho do professor para que todos os alunos participem e sejam beneficiados em termo de aprendizagens.
 Métodos de ensino
Entre os métodos de Ensino o que mais me chamou atenção foi o método de aprendizagem cooperativa, sabendo que os demais também possuem sua relevância. Porém focarei aqui a penas os dois a seguir: 
Método expositivo, para lá de aparente facilidade.
Eu diria que este é o método mais usado em toda e qualquer instituição de ensino ainda hoje, talvez seja este o mais prático para interligar o conhecimento que o aluno já tem com o que ele deverá adquirir. 
O método expositivo é uma oportunidade que se tem para melhorar o ensino, ao professor cabe o papel de despertar de maneira inteligente os conhecimentos prévios, assegurando a sequência lógica dos conceitos fundamentais à compreensão do conteúdo.
Método de Aprendizagem cooperativa
É no meu ponto de vista um caminho ao ensino democrático, o que não significa uma tarefa fácil, requer organização e muito critério pré-estabelecido antes e durante a aula. Mesmo fazendo uso desse método o professor e os alunos sentirão a necessidade de recorrer aos demais métodos de aprendizagens.
O trabalho em grupo ajuda os alunos como um todo, pois há um compartilhamento de aprendizagens. A troca de conhecimento favorece a todos, desde os que apresentam melhor desempenho aos que estão com dificuldades de aprendizagens, pois enquanto uns constroem outros consolidam a aprendizagem. Também possibilita a autonomia do estudante, na medida em que ele participa, opina, ele desenvolve seu senso crítico e se torna um ser mais atento ao meio em que vive.
Os desafios da pedagogia diferenciada
O desafio está no que diz Esteve (1995), cem por cento das crianças  entram na escola e, logo, entram “também cem por cento dos problemas sociais pendentes”. Essa é a realidade da escola atual, convivemos com tantos fatores externos, que afetam o cotidiano dos nossos estudantes, que é preciso a articulação diária na busca de métodos, que supere as dificuldades encontradas no dia-a-dia da sala de aula. O professor precisa está aberto a conviver com esses aspectos não se acomodando com eles, mas procurando maneira através da sua prática pedagógica que transforme essa realidade.
Acredito que o maior desafio, é a planificação do conhecimento, garantindo o sucesso e aquisição das competências correspondentes àquela série a todos os estudantes. Para assegurar essa planificação, o professor terá uma árdua tarefa, mas com uma missão gratificante, quando ele acredita no seu potencial de educador e faz a diferença no que ensina, porque ensina por meios que gera a aprendizagem. Faz uso de objetos pedagógicos diversos, considerando que cada estudante é único e que o tempo de cada um é diferente, o que se faz necessário recorrer as estratégias diversificadas.
Como cita Jose B. Duarte no texto Pedagogia Diferenciada: “ uma pedagogia diferenciada apoia-se numa dinâmica de redirecionamento da atividade do professor”, é preciso sempre está atento ao que o aluno já construiu, permitindo a socialização desse conhecimento com os outros estudantes através do trabalho em grupo e redirecionando sempre que necessário a outras atividades. O importante no final do processo é o sucesso do aluno na vida escolar e consequentemente na sociedade.
Somos responsáveis pela transformação desta sociedade e essa transformação começa em cada ação que realizo na minha prática pedagógica. Gerenciado o minha prática, criando novas estratégias de ensino, permitindo o diálogo entre estudante/estudante, estudante/professor e professor/estudante, vamos compreendendo uns aos outros e assim construindo competências necessárias a convivência em uma sociedade mais justa e igualitária.
Ao realizar a leitura dos textos da coletânea de José B. Duarte, pude observar que enquanto professora da realidade atual, há muitos desafios a serem vencidos. Muita busca de conhecimento e melhoria da prática pedagógica. Essa busca, poderá ser feita entre tantos outros caminhos, partindo da investigação do desenvolvimento da aprendizagem que é um caminho que nos leva a oportunidade de reconstruir uma nova educação,  educação esta, voltada a atender democraticamente a clientela da escola atual.

Bibliografia
Texto 3 de José B. Duarte –Quatro Métodos Fundamentais de Ensino Aprendizagem: Pedagogia Uniforme à Pedagogia Diferenciada. ( Coletânea de textos).
CADIMA, Ana – Diferenciação: No Caminho de uma Escola para Todos. Noesis, 1996
MORGADO, José – Qualidade na Educação – Um Desafio para os Professores. Coleção Ensinar e Aprender Editorial Presença, 2004.